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Enquete FIFA 12
Quem ganha o Mundial de Clubes da FIFA 2012 ?
Al Ahly SportClub (Egito)
Auckland City(N.Zelândia)
Cheusea (Inglaterra)
Corinthians (Brasil)
Monterrey (México)
Ulsan Hyundai (Cor.Sul)
Sanfrecce Hiroshima (JPN)
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Acompanhe os Melhores do Mundo Japão 2012

Al Ahly no sétimo céu

Al Ahly, do Egito, superou o Espérance, da Tunísia, conquistou seu sétimo título da Liga dos Campeões da África e será o representante do continente na Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2012.
 
 
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Auckland City mantém hegemonia

A final da Liga da Oceania foi disputada em jogos de ida e volta nos dias 29 de abril e 13 de maio entre Auckland City (Nova Zelândia) e Tefana (Taiti). O time neozelandês venceu duas vezes, por 2 a 1 e 1 a 0, respectivamente e se classificou.
 
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Chelsea, enfim o rei da Europa

O Chelsea derrotou o Bayern na final da Liga dos Campeões da Europa nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo regular em Munique, e agora representará o continente na Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2012.
 
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Como a América foi conquistada

O Corinthians superou o Boca Juniors, com uma vitória por 2 a 0 em casa depois de empate por 1 a 1 em Buenos Aires, pela decisão da Copa Libertadores da América, nos dias 27 de junho e 4 de julho, e representará o continente na Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2012.
 
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Monterrey confirma supremacia mexicana

O mexicano Monterrey superou o Santos Laguna na final da Liga dos Campeões da CONCACAF e representará, pelo segundo ano seguido, a América do Norte, a América Central e o Caribe na Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2012.
 
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Ulsan fatura título asiático inédito

O Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, derrotou o Al Ahli, da Arábia Saudita, na final da Liga dos Campeões da Ásia, no dia 10 de novembro e conquistou o torneio pela primeira vez. Será, desta forma, o representante do continente na Copa do Mundo de Clubes da FIFA.
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O Sanfrecce Hiroshima garantiu a sua primeira participação no Mundial de Clubes na condição de campeão japonês, mas enfrentou intensa pressão do Vegalta Sendai, que manteve chances de título até a penúltima rodada.
 

Mundial de Clubes FIFA 2012
Mundial de Clubes FIFA 2012

 

                                                      

 

Equipes:

Asia: Sanfrecce HiroshimaSanfrecce Hiroshima (JPN)

Sanfrecce completa a lista

Sanfrecce completa a lista

O último classificado para a Copa do Mundo de Clubes da FIFA Japão 2012: é o Sanfrecce Hiroshima, que se consagrou neste sábado o campeão nacional do país anfitrião. O time é um possível adversário do Corinthians na competição, estando no lado da chave da equipe brasileira.
O Sanfrecce conquistou a J-League a uma rodada do fim ao golear o Cerezo Ozaka por 4 a 1, com gols de Yojiro Takahagi,Toshihiro Aoyama, Hisato Sato e HironoriIshikawa. A equipe abriu quatro pontos para o Vegalta Sandai, não podendo, então, mais ser alcançåda.
O próximo passo do campeão japonês está marcado para o dia 6 de dezembro, no jogo de abertura do Mundial de Clubes da FIFA contra o Aucland City FC, da Nova Zelândia. O vencedor deste confronto joga pelas quartas de final contra o Al Ahly, o campeão africano, do Egito. O Corinthians aguarda o desfecho dos duelos para saber quem vai enfrentar na semifinal.
Fundado em 1938, o Sanfrecce Hiroshima comemora seu primeiro grande título no país, tendo, antes, como melhor resultado o vice-campeonato nacional em 1994. Pelo time, passaram alguns brasileiros, com destaque para César Sampaio: o ex-volante e hoje diretor de futebol do Palmeiras atuou pelo Sanfrecce entre 2003 e 2004.


América do SulCorinthians (BRA)

Um Fábio Santos diferente na volta ao Japão

Um Fábio Santos diferente na volta ao Japão
© AFP

Se um jogador está acostumado a bater bola em casa, com o conforto de seus familiares, tranquilo numa metrópole como São Paulo, atuando num clube que acabou de vencer a Copa do Mundo de Clubes da FIFA - na verdade o time que defendeu desde a infância - é de se esperar que, aos 21 anos, ele não visse com bons olhos uma mudança tão drástica como uma transferência para o Japão, não?

Pois, em 2006, Fábio Santos não só topou como adorou. “Eu era muito novo... Mas foi incrível”, diz aoFIFA.com o hoje lateral do Corinthians, colocando em perspectiva a transação nos tempos de revelação são-paulina. “Sempre joguei na minha cidade. Morando com meus pais, era tudo mais fácil. Logo cedo, ter de mudar tudo, ganhar outras responsabilidades, viver sozinho, num futebol diferente, foi algo incrível.”

Fábio defendeu o Kashima Antlers por empréstimo, numa temporada de afirmação e muitas experiências. “Cheguei jogando, e foi assim o ano inteiro, como titular. Foi muito positivo. Até gostaria de ter continuado lá, mas voltei por força de contrato”, afirma. “ Com certeza, até o final da minha carreira, espero voltar a jogar no Japão.”

Nessa passagem, como uma talentosa promessa, o brasileiro jogou em duas posições: na sua de origem ou fazendo a ligação no meio-campo, por vezes substituindo o meia Fernando, ex-Vitória, com forte chegada no ataque. Caso Fábio consiga cumprir os planos de retornar à J-League, porém, os torcedores nipônicos verão um jogador bem diferente. 

Outro conceito
No futebol brasileiro em que Fábio Santos foi cultivado, as referências de sua posição eram predominantemente jogadores de vocação bastante ofensiva, que, invariavelmente, quando se transferiam para a Europa, acabavam sendo aproveitados mais no meio-campo, ou até como pontas.Serginho no Milan, Zé Roberto na Alemanha, Júnior no Parma, Athirson, entre outros. 

“O espelho que a gente tinha era esse, os jogadores que acompanhávamos. No São Paulo, na minha época de base, o Serginho estava voando. Isso era muito valorizado no Brasil: todos querendo ver o lateral chegar na frente, fazendo gol. Podia se marcar mal, e ninguém criticava. Mas essa não é a realidade”, afirma.  “E tudo aconteceu muito rapidamente para mim. Com 17 anos, já estava disputando uma Libertadores, pensava mais em jogar do que marcar. Era coisa de moleque. Não tinha esse espírito de hoje, coletivo.” 

O jogador, aos 27, cita o técnico Paulo Autuori, com quem trabalhou em diversas ocasiões, como uma influência decisiva em uma transição em sua carreira. Aos poucos, foi mudando. “Aprendi muito, apanhei e fui amadurecendo. O Paulo me ajudou. Ele sempre brigou pelo 4-4-2. A linha de quatro dá uma sustentação para os caras da frente. No São Paulo, não conseguiu fixar isso, até pelo costume do time. Mas, para mim, é o melhor sistema. Você fica com um fixo na cabeça de área e os quatro atrás, fica difícil para o adversário entrar.”

A melhor decisão
Foi esse lateral mais consistente que chegou ao Corinthians em 2011, inicialmente para a reserva deRoberto Carlos. “Uma das razões para a minha escolha foi justamente por ele. Tanto para poder conviver com um cara desses e por saber que teria chances na temporada, na hora de revezar."

Mal esperava Fábio que a oportunidade viesse bem cedo, e num momento crítico. Seu segundo jogo pela equipe foi justamente na famigerada derrota para o Deportes Tolima pela fase eliminatória da Copa Libertadores – um revés que acabou resultando na saída do lateral multicampeão e que também marcou o fim do ciclo de Ronaldo no time. “Achei que nunca mais iria jogar, mas de repente foi algo que se mostrou muito importante para mim. Como o Roberto saiu, consegui ter uma sequência, e acabou sendo a melhor escolha de minha carreira.”

Vestido de alvinegro, o lateral ganhou o Campeonato Brasileiro, conseguiu sua revanche na Libertadores, foi convocado pela primeira vez para a Seleção principal – já havia participado na base da Copa do Mundo Sub-20 da FIFA Holanda 2005, terminando em terceiro – e está no grupo que enfrentará a Colômbia nesta quarta contra a Colômbia, em Nova Jersey. 

O bônus? Bem, a conquista da América proporcionará que Fábio Santos muito em breve volte, enfim, ao Japão. No início de dezembro, mais precisamente. Só que, já maduro, jogador formado, ele agora não parte esperando trazer na bagagem de volta apenas experiência: quer uma recompensa concreta, o título com que sonham os corintianos.

 


 

Oceania: Auckland City FC (NZL) 

Auckland City divulga lista de relacionados para o Mundial de Clubes

O Auckland City, da Nova Zelândia,divulgou nesta segunda-feira a lista de jogadores relacionados para o Mundial de Clubes. Formado por jogadores amadores e por muitos espanhois, o técnico da equipe, o espanhol Ramon Tribulietx, leverá 22 jogadores ao Japão. Essa será a quarta participação dos neozerlandeses na competição, e eles ainda podem ser os adversários do Corinthians, na semifinal.

Na estreia, no dia 6 de dezembro, o Auckland enfrenta o Sanfrecce Hiroshima, do Japão. Caso passe pelos japoneses, enfrentará o Al Ahly, do Egito, que entra direto nas quartas. Caso passe pelo time do Egito, enfrentará o Corinthians nas semifinais.

A vida dos jogadores neozerlandeses é diferente dos clubes omo Hiroshima, Al Ahly e Corinthians, por exemplo, uma vez que os jogadores não dependem só do futebol para ganhar a vida, tendo outras profissão paralelas ao esporte. "Nossa equipe é muito equilibrada e eu acredito que seremos capazes de reproduzir o estilo de jogo que temos trabalhado há um longo tempo. Somos essencialmente um clube amador, mas os jogadores têm mostrado grande empenho nos treinamentos, o que não é fácil  para muitos deles que também trabalham em empregos fora do futebol", disse o treinador.


Confira a lista dos convocados por Ramon Tribulietx, do Auckland City:

1. Jacob Spoonley (Goleiro - Nova Zelândia)
2. Simon Arms (defensor - Nova Zelândia)
3. Takuya Iwata (defensor - Japão)
4. Riki van Steeden (defensor - Nova Zelândia)
5. Angel Berlanga (defensor - Espanha)
6. Jason Hicks (meia - Nova Zelândia)
7. James Pritchett (defensor - Nova Zelândia)
8. Chris Bale (meia - País de Gales)
9. Manel Expósito (atacante - Espanha)
10. Luis Corrales (atacante - Costa Rica)
11. Daniel Koprivic (atacante - Nova Zelândia)
12. Tamati Williams (goleiro - Nova Zelândia)
13. Alex Feneridis (meia - Nova Zelândia)
14. Adam Dickinson (atacante - Inglaterra)
15. Ivan Vicelich (defensor - Nova Zelândia)
16. Albert Riera (meia - Espanha)
17. Pedro Santa Cecília García (meia - Espanha)
18. Liam Anderson (goleiro - Nova Zelândia)
19. Daniel Saric (defensor - Nova Zelândia)
20. Emiliano Tade (atacante - Argentina)
21. David Browne (meia - Papua Nova Guiné)
22. Andrew Milne (defensor - Nova Zelândia)


 America do Norte: Monterrey (MEX)

César Delgado: "Objetivo é a final"

Segunda-feira 26 de novembro 
César Delgado:
 

Ainda que o sucesso do Monterrey nos últimos três anos se deva em grande parte à continuidade do trabalho e à confiança no elenco, as poucas contratações serviram para consolidar o time um torneio após o outro. Dentre esses reforços pontuais, o argentino César Delgado tem ocupado inegável protagonismo.

Dono de excelente visão de jogo e notável categoria nas assistências, o atacante é figura fundamental da equipe mexicana, que se prepara para a disputa da sua segunda Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Em entrevista exclusiva ao FIFA, ele falou sobre as lições aprendidas no Japão 2011, as expectativas para esta nova participação e os objetivos traçados pelo time do técnico Víctor Manuel Vucetich.

FIFA: No Japão 2011, você tinha apenas cinco meses de Monterrey. Diante desta nova campanha, como se sente em termos de adaptação? 
César Delgado: Muito bem. É verdade que no campeonato do ano passado ainda não conhecia muito bem os meus companheiros. Hoje isso mudou e me sinto ótimo, adaptado à equipe. Nery Cardozo e José María Basanta foram muito importantes nesse sentido. São duas pessoas fantásticas, que me ajudaram a ter uma adaptação rápida. Só tenho a agradecê-los.

Um ano depois daquela primeira experiência no Japão e feita a devida análise da campanha, em que aspectos você acha que o Monterrey pode melhorar?
Sempre há o que melhorar. Sempre há algo a ser trabalhado e corrigido, seja no aspecto mental ou tático. Desse último, cuidará o treinador. Cabe a nós fazer o que ele pedir e continuar evoluindo como equipe. Na partida contra o Kashiwa, poderíamos ter vencido, mas não conseguimos transformar as oportunidades em gol. Fomos para os pênaltis, que são uma loteria, como todos sabem, e acabamos perdendo. Aquela experiência no Japão foi fantástica, embora tenhamos ficado pelo caminho. No próximo Mundial, esperamos chegar à final e vencer.

Você jogou no México e na Europa. Quais são as principais diferenças entre o futebol mexicano e o do Velho Continente?
Embora muitos pensem o contrário, na verdade há poucas. O que percebo é a diferença no tipo de campo. Aqui no México a grama é mais alta e não se molha o gramado antes de jogar. Lá é completamente distinto, eles regam o campo antes da partida e o ritmo de jogo é outro. Alguns jogadores vêm da Europa e não conseguem se adaptar ao futebol daqui por causa da altitude, do calor, dos horários. Mas na verdade as diferenças são pequenas.

Considerando que na Copa do Mundo de Clubes da FIFA há representantes de todas as partes do mundo e que, em 2005, você participou do vice-campeonato da Argentina na Copa das Confederações da FIFA, que pontos você considera importantes nesses torneios em que há tanta variedade de estilos?
A concentração em campo é importantíssima. Você precisa estar atento ao menor detalhe possível para não ser surpreendido em nenhuma circunstância, além de jogar coletivamente o tempo todo e pressionar em todos os setores.

Já que falamos da Argentina, você gostaria de voltar a vestir a camisa da Albiceleste?
Adoraria, mas acho muito díficil. Todos sabem que há grandes jogadores na seleção. O fato de estar no futebol mexicano é outro complicador, porque as pessoas não costumam acompanhá-lo. Apesar disso, quando o Marcelo Bielsa era o técnico, cheguei a jogar na seleção, mesmo atuando no futebol mexicano. De toda forma, você nunca perde a esperança de ser chamado. Tenho que me manter em alto nível e é para isso que trabalho todos os dias.

Falando em Marcelo Bielsa, muitos admiram a sua forma de trabalhar. O que tem a dizer sobre ele?
Aprendi muito com o Bielsa. Ele é fera, um craque. É um perfeccionista do futebol, quer que tudo saia direitinho, à perfeição. Foi o melhor técnico que já tive. De longe.

Para finalizar, voltando ao Japão 2012, o Monterrey chega para conquistar o título? 
É o que todos nós esperamos. Temos um belo elenco e um grande time. Queremos nos superar neste torneio. Sabemos da importância que ele tem e das grandes equipes que estarão lá, por isso o objetivo principal é alcançar a decisão e vencer. Tentaremos chegar aonde nenhum outro clube da região da CONCACAF chegou. Essa é a nossa grande meta e esperamos cumpri-la. Queremos sobressair nesta competição, que é importantíssima tanto para o clube quanto para nós jogadores.


 

Africa: Al Ahly Sporting Club (EGY)

Al Ahly no sétimo céu

Al Ahly no sétimo céu
© AFP

O Al Ahly surpreendeu o Espérance por 2 a 1 na Tunísia, neste sábado, fez 3 a 2 na soma dos placares e conquistou seu sétimo título da Liga dos Campeões da África, um recorde na competição. A vitória classificou a equipe egípcia para a prestigiosa Copa do Mundo de Clubes da FIFA no próximo mês de dezembro. Curiosamente, o Ahly repetiu o roteiro da final de 2006, quando empatou em 1 a 1 dentro de casa contra os tunisianos do Sfaxien, antes de ganhar a partida de volta como visitante.

A primeira surpresa da final aconteceu antes mesmo do início da partida, com o técnico Hossam El Badry barrando o veterano meio-campista Mohamed Aboutrika para dar uma chance a El-Sayed Hamdi. O atacante, que já tinha marcado o crucial gol do Al Ahly no primeiro jogo, tratou de atormentar a defesa do Espérance desde o apito inicial. Os donos da casa também surpreenderam na escalação, entrando com o armador Youssef Msakni, que tinha ficado de fora do encontro de ida em razão de uma cirurgia para a retirada do apêndice.

Inesperadamente, o Espérance jogou recuado na etapa inicial, permitindo que os visitantes tivessem mais volume de jogo e criassem as melhores oportunidades, com Abdallah Al Saied chutando duas vezes por cima da meta. Como o Al Ahly precisava marcar pelo menos um gol para ter chances de erguer a taça, os tunisianos pareciam satisfeitos em resguardar a defesa e esperar pelo contra-ataque, tendo ameaçado apenas em chute fraco do atacante camaronês Joseph Yannick Ndjeng.

Vitória incontestável
Pouco antes do intervalo, os 35 mil torcedores permitidos no Estádio de Radès, que tem capacidade para 65 mil, foram calados pelo primeiro gol do Al Ahly. Hamdi tocou para Gedo, que bateu sem chance para o goleiro Moez Ben Cherifia. Aos nove minutos do segundo tempo, Ndjeng voltou a desperdiçar uma boa jogada dos anfitriões, que lamentariam a oportunidade perdida sete minutos depois, quando Walid Soliman se antecipou a uma tentativa de corte de cabeça da defesa tunisiana e ficou em ótimas condições para ampliar a vantagem dos egípcios.

Ndjeng voltaria a aparecer com uma bola na trave, antes de finalmente descontar para o Espérance a cinco minutos do fim, mas aí já era tarde demais. Precisando anotar mais dois gols para conquistar o título, os donos da casa em nenhum momento chegaram a ameaçar a vitória egípcia. Na verdade, foi o Al Ahly que esteve mais perto de fazer 3 a 1 nos últimos instantes do duelo, quando o goleiro Cherifia fez pênalti no atacante mauritano Dominique Da Silva. Na cobrança de Aboutrika, porém, o tunisiano se redimiu com grande defesa, mantendo o placar final em 2 a 1.

O que eles disseram
"Jogamos muito melhor. Fizemos dois gols e perdemos várias oportunidades. O técnico nos orientou a pressionar desde o primeiro minuto e, mesmo depois do gol, pediu para que continuássemos em cima para marcar o segundo e acabar com o jogo. Queríamos muito ganhar esta taça para oferecê-la às famílias e às almas dos mártires de Porto Said." Abdallah Al Saied, atacante do Al Ahly, em homenagem aos torcedores mortos na tragédia ocorrida no estádio egípcio em fevereiro

O lance
Encurralado depois de sofrer 1 a 0 no final do primeiro tempo, o Espérance saiu desesperadamente para o jogo na etapa final. O camaronês Ndjeng levava perigo para os donos da casa, e o empate parecia apenas uma questão de tempo. Até que a rede de fato balançou aos 16 minutos, mas foi o Al Ahly que fez 2 a 0 com Soliman, num duro golpe para as esperanças do time tunisiano de conquistar o bicampeonato no torneio africano.

O craque

 

Egypt GEDO

Egito - 28 Anos

Anotar gols decisivos é a especialidade de Gedo. Em 2010, ele foi o herói da vitória do Egito por 1 a 0 na decisão da Copa Africana de Nações contra Gana. Neste sábado, o atacante de 26 anos voltou a fazer a diferença ao abrir o caminho para o título do Al Ahly com um gol no final do primeiro tempo.

O número
 O Al Ahly tornou-se heptacampeão africano. Depois de conquistar seu primeiro título em 1982 e o segundo cinco anos mais tarde, o clube dominou a competição continental a partir da virada do século, voltando a erguer a taça em 2001, 2005, 2006, 2008 e agora.

 


 

Oceania: Auckland City FC (NZL) 

Auckland City mantém hegemonia

Auckland City mantém hegemonia
© FIFA.com

A temporada 2011/12 da Liga da Oceania coroou um velho conhecido: o Auckland City, que conquistou o bicampeonato consecutivo e ergueu o troféu pela quarta vez em sete temporadas. Por outro lado, a campanha encerrada no último domingo também foi marcada por um melhor futebol e por uma disputa mais acirrada contra times antes considerados zebras.

Diferentemente dos últimos anos, Auckland City e Waitakere United, donos de seis dos sete últimos títulos, foram colocados em grupos separados. Porém, enquanto o Auckland venceu a sua chave, o Waitakere foi surpreendido pelo Tefana. O representante do Taiti foi derrotado na decisão, mas mesmo assim demonstrou que a supremacia neozelandesa ficou no passado — em 2010, o Hekari United de Papua-Nova Guiné já havia surpreendido ao conquistar o título.   

Longa campanha
A fase de grupos começou a ser disputada em outubro de 2011, com quatro times em cada chave. A longa campanha, combinada com a grande variação climática na região do Pacífico, é sempre uma garantia de surpresas. A temporada 2011/12 foi um belo exemplo: o Tefana estreou levando 10 a 0 do Waitakere, mas se recuperou nos jogos seguintes para superar o adversário por pontos e garantir a primeira participação de um time do Taiti na final continental desde a classificação do Pirae em 2006.

O Tefana não perdeu nenhum dos outros cinco confrontos da fase de grupos, marcando 15 gols e sofrendo apenas dois. Na partida mais importante, vingou-se do bicampeão continental ao vencê-lo por 3 a 0 no gramado sintético do Estádio Louis Ganivet. A goleada por 5 a 0 sobre o Ba de Fiji garantiu a classificação com um ponto de vantagem sobre o Waitakere. O Ba ficou em terceiro, à frente do Mont-Dore da Nova Caledônia.

No Grupo B, que parecia mais difícil no papel, o Auckland City começou arrasador, vencendo as quatro primeiras partidas e garantindo a classificação ao empatar com o Hekari United. Porém, perdeu uma invencibilidade de 25 jogos em nível continental ao ser derrotado pelo Amicale emVanuatu. Na classificação final, o Auckland acabou dois pontos à frente do Hekari e com seis de vantagem para o Amicale. O Koloale das Ilhas Salomão ficou na lanterna. 

Spain MANEL EXPOSITO

Espanha - 32 Anos

Decisão equilibrada
As decisões de anos anteriores haviam sido marcadas por goleadas neozelandesas em casa, mas desta vez o Tefana não fez feio e saiu de Auckland com uma derrota por apenas 2 a 1. O time do Taiti jogava por uma vitória pelo escore mínimo diante da sua torcida, mas acabou levando um gol de Manel Exposito no primeiro tempo e não conseguiu se recuperar.

O tento decisivo foi o sexto de Exposito na competição e lhe rendeu a artilharia do torneio. Por sua vez, o meia neozelandês Albert Riera foi eleito o melhor jogador da Liga da Oceania. "Sabíamos que seria apertado, e no final um gol foi o suficiente para nós", disse o técnico do Auckland, Ramon Tribulietx. "Estamos muito felizes. Acho que merecemos pelo trabalho que fizemos."

Além do troféu, o título valeu também a classificação para a Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2012, da qual o Auckland participará neste ano pela quarta vez.


Europa: Chelsea FC (ENG)

Chelsea, enfim o rei da Europa

Chelsea
© AFP

Nas semifinais da Liga dos Campeões da UEFA, o Chelsea era o único clube que nunca havia conquistado o título, enquanto seus outros três oponentes somavam nada menos que 17 taças da competição. Mas foi justamente o menos tradicional dos concorrentes que acabou se dando melhor no fim, tornando-se, de quebra, o primeiro time de Londres a conseguir a façanha.

Com um esquema tático fortemente defensivo, que lembrou bastante o famoso catenaccioitaliano dos anos 1960, o Chelsea não só levou a taça, como contribuiu para diminuir a hegemonia de clubes de Espanha e Itália na Liga dos Campeões.

O campeão
Já fora da disputa pelo título do Campeonato Inglês, o Chelsea se viu contra a parede depois de perder o jogo de ida das oitavas de final do principal torneio europeu para o Napoli (3 a 1). Com esses resultados, ninguém teria apostado um centavo nas chances de uma equipe que muitos pensavam estar envelhecendo. Como se tudo isso não bastasse, ainda houve a entrada de Roberto Di Matteo no lugar do técnico português André Villas-Boas, que foi demitido.

O novo treinador interino tinha a dura missão de encerrar uma temporada que parecia fadada ao fracasso total. Sem fazer barulho, o italiano encontrou as palavras certas para motivar os principais jogadores do grupo, inculcando neles uma vontade incrível de vencer e impondo um estilo de jogo baseado nos contra-ataques. Napoli, Benfica, Barcelona e Bayern foram as vítimas do pragmatismo de um time transcendental, onde Petr Cech, Frank Lampard e Didier Drogba fizeram a diferença no momento decisivo. Contra todos os prognósticos, o Chelsea conseguiu levar a decisão para os pênaltis e venceu os bávaros. Isso, com uma equipe formada por nove jogadores que tinham sido derrotados em 2008, também nas penalidades, pelo Manchester United.

Lições
Nove países estiveram representados nas oitavas de final, um aumento que mostra a força dos clubes dos chamados "países pequenos". Naquele momento da competição, a Itália era a mais numerosa e, pela oitava vez consecutiva, tinha três representantes (Napoli, Inter e Milan). Já aInglaterra era representada por apenas duas equipes (Arsenal e Chelsea), o que não acontecia desde a temporada 1999-2000, quando os dois times de Manchester foram eliminados. Uma final entre dois clubes derrotados em seus respectivos campeonatos nacionais também demonstrou a dificuldade que é disputar duas competições ao mesmo tempo.

Surpresas
O APOEL, do Chipre, chegou às quartas de final e foi a grande revelação da temporada. Outro que surpreendeu foi o Zenit, bicampeão russo, que mostrou estar em constante evolução. Também é interessante notar que clubes tradicionais, como Benfica, Lyon, Arsenal e até mesmo o finalista, Bayern, tiveram de passar pelas eliminatórias da fase de classificação. Mas a grande surpresa foi, sem dúvida, a eliminação nas semifinais dos dois grandes da Espanha,Real Madrid e Barcelona, que defendia o título. O forte ritmo do Campeonato Espanhol - que teve o clássico do segundo turno entre os dois gigantes disputado justamente no meio das semifinais da competição europeia - pode ter contribuído para os resultados negativos na Liga dos Campeões

Os destaques
Já excepcional em Barcelona, na partida de volta da semifinal, Didier Drogba garantiu o show na final contra o Bayern. Primeiro, igualou o placar com uma cabeçada incrível, abrindo as portas da prorrogação a apenas dois minutos do fim do tempo regular. Envolveu-se tanto no jogo que, quando voltou para a defesa, acabou fazendo um pênalti, defendido em seguida por Cech. No momento final, assumiu a responsabilidade e, com a autoridade de líder da equipe, converteu a última penalidade, dando o título ao Chelsea.

Apesar da eliminação nas semifinais, Lionel Messi terminou na artilharia da competição pela quarta temporada consecutiva. O argentino bateu sua própria marca ao converter 14 gols, igualando assim o recorde do ítalo-brasileiro Mazzola, do Milan, que remontava a 1963.

Arjen Robben não está nada feliz com o resultado da final. Dois anos depois de perder a decisão da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010 para a Espanha, ele novamente terá que se contentar com o vice-campeonato. Além disso, o holandês perdeu uma penalidade durante a prorrogação, o que provavelmente o deixou de fora da disputa por pênaltis.

Você sabia?
Foi a sexta final da Liga dos Campeões da UEFA decidida nos pênaltis. Desta vez, o Chelsea conseguiu vingar-se da derrota na final contra o Manchester United em 2008, enquanto o Bayern não pôde repetir a vitória nas penalidades diante do Valencia, em 2001.

Curiosamente, 28 anos após a derrota da Roma para o Liverpool na final disputada no Estádio Olímpico da capital italiana, o Bayern sofreu o mesmo destino, perdendo em casa para outro clube inglês. Apenas duas equipes foram campeãs em seu próprio estádio: o Real Madrid, em 1957, contra a Fiorentina, e a Internazionale, em 1965, diante do Benfica.

Spain Fernando TORRES

Espanha - 27 Anos

O número
7 – Foram 35 chutes durante os 120 minutos de jogo, mas apenas sete dirigidos ao gol. Essa é a surpreendente estatística do Bayern, que dominou a final sem conseguir marcar. Ainda mais impressionantes foram os 20 escanteios que os alemães tiveram a seu favor e não souberam aproveitar, enquanto o Chelsea marcou na única oportunidade que teve.

Eles disseram
"Foi uma loucura, como uma montanha russa! Eu fiz 30 anos no domingo, mas o melhor presente ganhei já no sábado. Foram cinco chutes a gol e um pênalti, mas pulei seis vezes no lado certo! Sabia que o Robben chutaria forte daquele jeito na prorrogação. Além disso, quando vi que o árbitro apitou o pênalti em uma falta do Didier (Drogba), disse para mim mesmo que precisava defender. Ele realmente merecia ganhar aquele jogo, é um grande cara." Petr Cech, goleiro do Chelsea


América do SulCorinthians (BRA)

Como a América foi conquistada por um bando de loucos (pelo Corinthians)

Como a América foi conquistada
© AFP

A cidade de São Paulo amanheceu a quinta-feira em preto e branco. Mas isso não tem nada a ver com nostalgia: os motivos são mais do que recentes. Depois de muitos anos de sonho e busca, o Corinthians enfim domou a América ao vencer a primeira Copa Libertadores de sua história.

 

Com um dos maiores contingentes do mundo – estima-se que são mais de 25 milhões só noBrasil –, a torcida corintiana tomou as ruas  da metrópole com uniforme, bandeiras e rojões, numa celebração que deve durar por todo o final de semana. Essa é a dimensão da festa pela tão aguardada taça, vencida em grande estilo, em final contra o poderoso Boca Juniors. O suficiente para compensar a eliminação na fase preliminar do ano passado diante do Tolima, tendo craques como Ronaldo e Roberto Carlos no elenco, assim como algumas frustrações no decorrer das últimas décadas nessa competição que seus principais rivais já haviam faturado.

 

O campeão
Com apenas quatro gols tomados, sem perder sequer um jogo, o Corinthians saiu invicto de alguns dos estádios mais ingratos para os visitantes em toda a América do Sul: o São Januário do Vasco (empate sem gols), a Vila Belmiro do Santos (vitória por 1 a 0) e, por fim, La Bombonera do Boca (empate por 1 a 1).

 

Esses confrontos foram válidos, respectivamente, pelas quartas, semifinais e finais, todos com ex-campeões do torneio que não conseguiram fazer frente a um oponente muito coeso. Uma união que, intensificada por sua torcida, fez o time sofrer apenas um gol em casa: no Pacaembu, pelos pés de Neymar.

 

O técnico Tite conseguiu montar um grande time cujo valor total foi maior do que a somatória de suas peças. A equipe apresentou um forte padrão de marcação, geralmente adiantada, pressionando a saída de bola. Com a posse dela, as investidas eram verticais, com velocidade e eficiência.

 

Nas oitavas, a vítima havia sido o Emelec, no início dos mata-matas de um torneio de alto nível e imprevisível, com outros sólidos candidatos ao título como Universidad de Chile, Vélez Sarsfield e Libertad, entre outros.

 

Surpresas
Pela primeira vez desde 2004, o Equador conseguiu colocar dois clubes na fase de mata-matas, com as classificações de Deportivo Quito e Emelec, enquanto nenhum representante uruguaio avançou.

 

Em termos individuais, uma história incrível foi a do atacante Romarinho, do Corinthians, que, quando tocou na bola pela primeira vez durante todo o torneio, foi para anotar um gol em plena Bombonera, chocando a torcida do Boca, instantes depois de ter saído do banco. Por essa nem os corintianos esperavam: era apenas a terceira partida do atacante pelo clube.

 

Destaques
O coletivo imperou pelo Corinthians, mas nas finais o atacante Emerson despontou. Autor da do gol na importantíssima vitória fora de casa sobre o Santos pelas semis, ele também deu o passe para Romarinho empatar em Buenos Aires. Seu melhor momento, no entanto, aconteceu na grande decisão, marcando mais duas vezes para selar a campanha.

 

Pelo Boca, o veterano Juan Riquelme perdeu sua primeira final de Libertadores na carreira, após os títulos de 2000, 2001 e 2007, mas provou que seu talento ainda faz a diferença, liderando os xeneizes. Outro veterano meio-campista que ainda chama a atenção é o meiaDeco, que comandou o Fluminense na primeira fase e cujo desfalque foi bastante sentido diante do próprio Riquelme.

 

Mais jovens, Neymar, que terminou como o goleador da competição ao lado de Matias Alustiza, marcando oito pelo Santos, o campeão de 2011, e Dorlan Pablón, autor de sete gols pelo Atlético Nacional, também merecem menção.

 

Você sabia?
O Corinthians foi o primeiro campeão invicto do torneio desde 1978. O último que havia estabelecido essea marca era justamente o Boca Juniors. No total, mais três times repetiram o feito: o Santos em 1963, o Independiente em 1964 e o Estudiantes em 1969 e 70.

 

Brazil EMERSON SHEIK

Brasil - 34 Anos

O número
3 –
 Os clubes brasileiros agora somam três temporadas consecutivas de conquista na Libertadores. A última vez que isso havia acontecido foi no triênio entre 1997 e 1999, com Cruzeiro, Vasco e Palmeiras. O único país a conseguir uma sequência dessas, anteriormente, foi a Argentina, com quatro títulos entre 1967 e 1970, com uma taça para o Racing e três para o Estudiantes, e outros quatro entre 1972 e 75, todos do Independiente.

 

O que eles disseram
“Somos campeões invictos, só que os outros campeões invictos foram com sete, oito jogos. Fazer 14 jogos e ser campeão invicto? Não tenho dimensão do que isso significa, mas vai demorar muito para alguém fazer igual. Esse negócio de sorte de campeão é a melhor maneira de desprezar o trabalho de alguém", Tite, técnico do Corinthians.


America do Norte: Monterrey (MEX)

Monterrey confirma supremacia mexicana

Monterrey confirma supremacia mexicana
© EFE

Ao conquistar o título da Liga dos Campeões da CONCACAF 2011/2012, o Monterrey não apenas consagrou-se como o primeiro bicampeão desde a reformulação do torneio, como também manteve a supremacia mexicana. O time do norte do país confirmou nova presença na Copa do Mundo de Clubes da FIFA. O objetivo no Japão em dezembro será superar a quinta posição conquistada em 2011.

O título do Monterrey veio em uma final diante do compatriota Santos Laguna, o que mais uma vez demonstrou a força dos clubes mexicanos na disputa com os vizinhos da América do Norte, América Central e Caribe. As semifinais também contaram com o Pumas e com um intruso entre os astecas: o canadense Toronto. O FIFA.com analisa todos os detalhes da quarta edição da Liga dos Campeões da CONCACAF.

O campeão
Além de ter conquistado o título continental da temporada anterior, o Monterrey iniciou a campanha da Liga dos Campeões da CONCACAF 2011/2012 com as credenciais de quem havia obtido três títulos nacionais nos nove últimos anos e contava com o treinador mais vitorioso da atualidade do futebol mexicano: Victor Manuel Vucetich. 

No entanto, o bicampeonato continental parecia um sonho distante para um time que enfrentava dificuldades no certame asteca. Foi apenas na última rodada da fase de grupos que a equipe conseguiu animar a torcida, derrotando o Seattle Sounders por 2 a 1 para conquistar o primeiro lugar do Grupo D com 12 pontos.

Após um intervalo de quatro meses, o Monterrey voltou ao torneio com tudo nas quartas de final. A primeira vítima foi o Morelia, derrotado em casa e fora. Nas semifinais, o time do técnico Vucetich bateu o também compatriota Pumas em casa por 3 a 0 e garantiu classificação à final ao empatar em 1 a 1 a partida de volta. O êxito coincidiu com a recuperação no Torneio Clausura — o Monterrey ficou em segundo lugar na fase de pontos corridos e se classificou para a etapa decisiva.

No primeiro jogo da final continental, dois gols de Humberto Suazo garantiram a vantagem por 2 a 0 diante do Santos Laguna. O adversário já havia mostrado capacidade de reverter resultados, mas o triunfo por 2 a 1 na volta não foi suficiente para evitar o bicampeonato do clube da cidade de Monterrey.

A surpresa
Campeão americano de 2011, o Los Angeles Galaxy entrou na Liga dos Campeões da CONCACAF 2011/2012 com grandes expectativas. O time atingiu as metas na primeira metade da competição, ao terminar a chave mais difícil da fase de grupos em primeiro lugar. Porém, foi eliminado logo no primeiro obstáculo em 2012 ao cair nas quartas de final diante do Toronto, equipe canadense que também disputa a Major League Soccer (MLS) americana.  

O duelo com o Toronto coincidiu com resultados ruins do Galaxy nas rodadas iniciais da temporada atual do campeonato nacional. Após um empate em 2 a 2 em território canadense no jogo de ida, o time do inglês David Beckham acabou derrotado em casa por 2 a 1.

Enquanto a equipe de Los Angeles lamentava as chances perdidas pelo irlandês Robbie Keanediante do arqueiro Milos Kocić, a torcida do Toronto comemorava a primeira classificação de um time canadense às semifinais da competição da CONCACAF. No entanto, as celebrações foram interrompidas logo na fase seguinte, quando o clube foi goleado pelo Santos Laguna do artilheiro Hérculez Gómez.

O craque

Chile Humberto SUAZO

Chile - 29 Anos


Depois de ajudar o Monterrey a obter em 2011 o seu primeiro título continental desde a reformulação da Liga dos Campeões da CONCACAF, o chileno Humberto Suazo mostrou mais uma vez o quanto é fundamental para o ataque do time mexicano. Ele foi o autor dos dois gols da vitória por 2 a 0 no jogo de ida da decisão contra o Santos.

Mesmo ausente da partida de volta por suspensão, Suazo pôde comemorar o troféu após a derrota por apenas 2 a 1. Ele superou o santista Oribe Peralta nos critérios de desempate e, com sete gols, foi o primeiro jogador não mexicano a conquistar a artilharia do torneio. 

O número
12 — As finais disputadas e vencidas por Victor Manuel Vucetich como técnico de sete diferentes clubes mexicanos, cinco das quais no comando do Monterrey.

O que eles disseram
"Sem dúvida, é uma bênção. Acho que somos guiados pela mão de Deus. A chave é sempre trabalhar duro e montar equipes com uma mentalidade forte e um desejo constante de melhorar. Mas acho que o crédito é dos jogadores. São eles que trabalham em campo, fazem os sacrifícios e mostram as habilidades. Acho que dei a minha pitada para tirar o melhor deles, mas, afora isso, eles fazem todo o trabalho." Victor Manuel Vucetich, técnico do Monterrey.


Asia: Ulsan Hyundai FC (KOR)

Ulsan fatura título asiático inédito

Ulsan fatura título asiático inédito
© Getty Images

O Ulsan Hyundai não tomou conhecimento do Al Ahli e fechou a sua campanha invicta na Liga dos Campeões da Ásia com uma vitória por 3 a 0 em casa na final deste sábado. Além de garantir o título inédito, o triunfo sobre os sauditas deu à equipe sul-coreana o direito de representar o continente na Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2012, que será disputada em dezembro no Japão.

A conquista ampliou a supremacia da Coreia do Sul no cenário asiático, com o Ulsan tornando-se o quarto time da K-League a erguer o cobiçado troféu, após a consagração do Jeonbuk Motors em 2006 e os títulos consecutivos do Pohang Steelers e do Seongnam Chunma nos anos de 2009 e 2010.

Início fulminante
Animados pela sequência de oito vitórias seguidas no torneio, os donos da casa, comandados pelo técnico Kim Hogon, partiram para cima dos visitantes logo no início do jogo. Com apenas dois minutos, o atacante Lee Keunho já havia sofrido a primeira falta. Pouco depois, Kwak Taehwi apareceu com perigo na área, mas não conseguiu dominar um belo passe.

Aos dez minutos, o zagueiro voltou a lamentar uma oportunidade perdida, após cabeçada que bateu no chão antes de sair por sobre o travessão. O capitão do Ulsan e da seleção sul-coreana se redimiria três minutos depois, subindo mais do que toda a defesa saudita para cabecear a bola para o fundo da rede e levantar os 40 mil torcedores presentes no Estádio Munsu.

O gol sofrido acordou a equipe do técnico Karel Jarolim, que passou a subir em contra-ataques na busca desesperada pelo gol de empate. Mas as investidas do Al Ahli dependiam muito do talento individual do artilheiro Victor Simões, ex-Botafogo, que chutou a sua primeira bola a gol após meia hora de partida, em cobrança de falta bem defendida por Kim Youngkwang.

Os anfitriões continuaram pressionando o time saudita e testando o goleiro adversário, com dois chutes de longa distância do meio-campista colombiano Julián Estiven Vélez e uma cabeçada perigosa do grandalhão Kim Shinwook.

À medida que o relógio se aproximava do final do primeiro tempo, o Al Ahli se via mais compelido ao ataque, mas a forte marcação em cima de Victor Simões obrigava Moataz Al Musa a protagonizar as eventuais investidas da equipe.

Depois de bater uma bola por cima do gol, o meia da seleção saudita assustou a defesa sul-coreana ao surgir de cara para o goleiro do Ulsan, que conseguiu defender a finalização. No contra-ataque seguinte, Al Musa voltou a tentar a sorte, porém o chute de fora da área passou sobre o travessão, assegurando a vantagem de 1 a 0 dos donos da casa no primeiro tempo.

Conquista inédita com gol brasileiro 
Após o intervalo, a partida recomeçou com o mesmo roteiro: o Ulsan pressionando em busca do segundo gol, e o Al Ahli fechado na defesa, de olho nas possibilidades de contra-ataque.

Os donos da casa foram os primeiros a tirar a torcida do assento, com o dinâmico Keunho chutando forte por cima do gol. A resposta saudita veio rápido: Amad Al Hosni abriu caminho pela defesa adversária, mas Vélez aliviou o perigo, recuando de cabeça para o goleiro Kim Youngkwang.

Aos 23 minutos, os visitantes viram as esperanças de reação caírem por terra, após o atacante brasileiro Rafinha anotar o seu sétimo gol na competição, ampliando a vantagem do Ulsan. Kim Seungyong colocou a cereja no bolo do título aos 31, selando a vitória por 3 a 0 com um chute fatal em bola cruzada por Keunho.

Korea Republic LEE Keun Ho

Coreia do Sul - 25 Anos